Pois é, fellas, a É Realizações (editora que publica os livros do Olavo de Carvalho) finalmente editou dois livros de um dos maiores pensadores políticos do séc. XX - Eric Voegelin.
O horizonte de seu trabalho é amplo e atravessa temas como: ciência política, psicologia, religião, teoria da históra. Além disso, aprofunda e revela para nós a obra de autores que são a essência da Cultura Ocidental (nossa herança, pra quem não lembra) - Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino, dentre outros que são, literalmente, presenteados para nós através dos insights e interpretações de Voegelin.
Sua vasta obra é estudada e discutida nos EUA e Europa desde sua imigração para os Estados Unidos em 1938(como muitos intelectuais sérios*, Voegelin percebeu a loucura nazista que a Alemanha então abraçou).
No Brasil, até agora, seu trabalho era conhecido apenas por uns poucos interessados que, além de poderem gastar pequenas fortunas nas compras das edições importadas, sabem que, o compreender a realidade é mais importante do que recria-la à sua imagem e utopia.
Portanto deixem de lado o seu Hegel, o seu Marx, e mais aquela uma dúzia de intelectuais, todos aqueles que são apresentados como o supra sumo da inteligência nas faculdades por aí e realmente aprenda algo sobre a Verdade lendo Hitler e os alemães ( e não se surpreenda de achar semelhanças com um certo país da américa do sul do séc. XXI) e também o Reflexões Autobiográficas, um dos maiores testemunhos de dedicação à verdade já escritos.
E como diz o MVC na orelha de um dos livros (sim fellas, ele ajudou a editar um dos livros, só por isso já vale a pena), a leitura de Voegelin é uma abertura no nosso horizonte de consciência.
*Pena que no Brasil, dois destes refugiados, Stephen Zweig e Otto Maria Carpeaux, não conseguiram romper o medíocre status-quo universitário, criado por uma intelectualidade mesquinha, invejosa e corporativa, não tendo assim, terreno fértil para fazer brotar as sementes que lançaram. De fato, perdemos nós, que não vimos o desenvolvimento pleno destas duas mentes e ficamos apenas com o "esboço".
2 comentários:
Mas o fato Dionisius é que pelo menos esses nomes são lembrados. Não importa se na universidade ou fora dela. São lembrados, e pelo menos no caso do Carpeaux e do Voegelin, são lidos por gente que está começando a mudar a inteligência no Brasil. Eu leio Carpeaux e já tenho meu exemplar das Reflecções Autobiográficas. Muita coisa já começou a mudar.
Caro Carlos,
apenas acredito que, principalmente no caso do Carpeaux, o Brasil ficou "apenas" com o divulgador de idéias, com o crítico literário. Sei que isso não é pouco, principalmente em vista do que temos hoje como críticos, etc.
É uma penas, mas grande parte da classe intelectual brasileira é invejosa, mesquinha e faz de tudo para apequenar os grandes (penso também em um Mário Ferreira dos Santos e até no Bruno Tolentino).
Não quero entrar aqui, ainda, na utilização política dos intelectuais, outra afronta, deixemos para depois.
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