segunda-feira, março 23, 2009

Segunda parte da entrevista de Dylan para a UNCUT...


...onde podemos notar que Dylan continua ácido e seus entrevistadores, bom, sempre dão uma de manés.

Clique Dylan para a entrevista.

E eis alguns dos títulos das canções no novo disco:

"Beyond Here Lies Nothin'""Life Is Hard""My Wife's Hometown""Forgetful Heart""Shake Shake Mama""I Feel A Change Coming On""It's All Good"

Aproveite ainda seu passeio pelo site da Uncut e veja o que Allan Jones achou do novo disco (sim, ele já ouviu o famigerado, ah se inveja matasse!).

sábado, março 21, 2009

The Spirit


The Spirit, filme onde Frank Miller (vocês devem saber quem é...senão vão procurar!) estréia como diretor é a controversa adpatação do personagem criado pelo gênio Will Eisner (outro que vocês devem saber quem é...senão, get a life!).

A controvérsia fica clara logo de cara, afinal, o que Miller fez foi recriar o personagem de acordo com sua visão de mundo (brutal, caricata, com uma palheta de cores mínima e feroz), isto é, Miller fez o que alguns dos cineastas mais temem (especialmente Robert Rodriguez e Zack Snider) fazer quando pegam uma obra de quadrinhos para adaptar: ele tomou posse dos personagens.

O resultado final é um Spirit cheio de testosterona, mordaz e muitas vezes a história descamba para um tom cartunesco (na linha dos antigos Tom & Jerry ou Papa-Léguas & Coiote).

É preciso ter coragem para desconstruir um personagem e recriá-lo à sua maneira.

O filme não deve agradar o grande público e muito menos os fãs da obra de Eisner (afinal, não há nada da inocência do personagem orignal no filme), mas para os fãs de Frank Miller, o filme é um espetáculo de big guns, hot girls and violence.

Eu recomendo, no mínimo o filme é uma boa diversão. E também dá para aprofundar a experiência sensorial inaugurado por Sin City.

Redemption Song - Gran Torino, o testamento de Eastwood


William Munny, Josey Walles, Dirty Harry, Frankie Dunn e todos os grandes anti-heróis da galeria de Clint Eastwood, encontram sua redenção no novo filme do maior diretor vivo da história do cinema americano, Gran Torino.


Walt Kowalszki é o maior personagem de Eastwood, o mais cativante, o mais sincero, o mais complexo. Nada de sua aspereza, de sua grosseria, de sua forma de enxergar o mundo o torna repulsivo, pelo contrário, senti na reação do público uma semi-adoração pelo personagem, a carência que temos neste mundo politicamente correto que tornou toda uma geração em pussies, em simulacros de personalidades que não tem nada de real. E é a desconstrução desse simulacro que Eastwood vai fazendo, tijolo a tijolo, grunhido a grunhido. Estamos diante da força do indíviduo em plenitude.


A espiral de violência dos personagens de Eastwood chega ao fim de forma tocante e garanto, irá perturbar muitos dos críticos que , com a defesa de valores morais construidos ao longo de uma vida de esforço próprio, da defesa da posse de armas, de que a velhice pode ser digna sem ser protegida, mas last but not least, não vão saber lidar com a profunda religiosidade que permeia o filme.


Portanto, levantem a bunda do sofá e vão assisitir ao filme, pode ser a última vez que teremos a chance de ver Eastwood no cinema como ator.


p.s. Em vários momentos do tive, tive a garganta apertada e lágrimas vieram aos meus olhos, é como se me despedisse de um grande amigo, quase como de um pai. Portanto, deixo essa crítica meio inacabada, vão assisitr o filme!!!!



domingo, março 08, 2009

Piadinha pesada

Barack Obama está sendo chamado por aí de Barack O.B. - está no melhor lugar, na hora errada.

Contradições dialéticas dos EUA

Economic justice:

America is capitalist and greedy - yet half of the population is subsidized.

Half of the population is subsidized - yet they think they are victims.

They think they are victims - yet their representatives run the government.

Their representatives run the government - yet the poor keep getting poorer.

The poor keep getting poorer - yet they have things that people in other countries only dream about.

They have things that people in other countries only dream about - yet they want America to be more like those other countries.

Hollywood cliches:

Without capitalism there'd be no Hollywood - yet filmmakers hate capitalism.

Filmmakers hate capitalism - yet they sue for unauthorized copying of their movies.

They sue for unauthorized copying - yet on screen they teach us to share.

On screen they teach us to share - yet they keep their millions to themselves.

They keep their millions to themselves - yet they revel in stories of American misery and depravity.

They revel in stories of American misery and depravity - yet they blame the resulting anti-American sentiment on conservatism.

They blame the anti-American sentiment on conservatism - yet conservatism ensures the continuation of a system that makes Hollywood possible.

People's power:

Liberals believe they're advancing people's power - yet they don't believe people can do anything right without their guidance.

People can't do anything right - yet the government bureaucracy can do everything.

The government bureaucracy can do everything - yet liberals don't like it when the government takes control of their lives.

Liberals don't like it when the government takes control of their lives - yet they vote for programs that increase people's dependency on the government.

They vote for programs that increase people's dependency on the government - yet they believe they're advancing people's power.

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Artigo completo no CUBO

sexta-feira, março 06, 2009

Pare e pense - O Culto do Amador - Andrew Keen


Todo dia novos blogs são criados, dezenas de vídeos são postados no Youtube, a Wikipedia é atualizada com a ajuda de cidadãos do mundo todo, descobrimos novos nichos e acreditamos que a tal "cauda longa" revela nichos que serão melhor e mais explorados pelos interessados. Essa é a revolução Web 2.0, a democratização da informação, o acesso a uma multidão de dados e imagens, nessa nova revolução, todos somos seus agentes e colaboradores. Um paraíso democrático onde todos tem voz.

Pelo menos é esse o discurso até então apresentado.

Mas em meio a toda a cacofonia gerada, uma voz aparece para derrubar os mitos da Web 2.0 e seus supostos benefícios. Falo do autor Andrew Keen, que com seu livro - O Mito do Amador, como blogs, Myspace, Youtube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores - dá uma marretada na opinião comum e "democratizante".


Primeiro uma confissão: Peguei o livro para ler com um enorme preconceito, afinal, este blog é fruto, em parte, dessa revolução digital. Sem ela vocês não estariam lendo essas linhas. Portanto assumo, comecei a ler o livro com quatro pedras na mão, pronto para defender meu "território" desse ataque.

Mas Andrew Keen, um homem do famoso Vale do Silício sabe do que fala e abriu meus olhos para o problema dessa imensa democratização.

Se todos fazem tudo, como separar o joio do trigo? como saber, em meio ao universo de notícias, opiniões, imagens, vídeos, quem realmente sabe o que diz e quem é apenas um amador, ou pior, quais intenções estão por trás dessas informações? quem as produz realmente, garotos independentes ou empresas e políticos interessados em manipular nossas idéias e decisões? quem é responsável no caso de notícias perniciosas a terceiros? quem tem direito às informações pessoais que circulam em sites de relacionamentos?

Para essas e outras perguntas, Keen vai mostrando que existe sim um problema com o que circula na Web hoje em dia, mas ao contrário do que possamos imaginar de início, sua solução para os problemas não parte de um bloqueio total da Web, mas um chamado a nossa responsabilidade pessoal, um cuidado com nossa herança judaico-cristã e a aplicação de leis que já existem de alguma forma no universo "real".

Um livro que vale a pena ser lido, discutido, pensado, concordando ou não com suas conclusões, pelo menos esse debate tem que existir.

By the way, seu ataque a idéia de que total democracia nada mais é que totalitarismo ecoa os melhores intelectuais conservadores.

Watchmen - O Filme


Watchmen está nos cinemas e o que esperar?

Bom, acabei de chegar em casa, depois de mais de duas horas e meia de violência, sexo e delírio visual com uma certeza: Watchmen seria um filme muito melhor se seu diretor, Zack Snyder, se livrasse do vício de filmar toda cena de violência em slow motion, brincadeira da qual já havia usado e abusado em 300.

Divido com vocês algumas impressões, boas e más, que tive do filme.

Primeiro as boas:

- Watchmen consegue segurar o mistério de quem é o responsável pela caça aos mascarados, é claro que as pessoas que conhecem a história sabem de tudo, mas quem não conhece é ludibriado pela história, mérito para quem adaptou o quadrinho para o roteiro.

- Cada cena é um mar de referências, tanto à trama, como a acontecimentos ou pessoas que realmente existiram. O filme não trata o espectador como burro e há pequenos personagens, eventos e objetos de cena que remetem a algum aspecto da trama. Um bom conhecimento da história americana no século xx faz-se necessário para entender certos diálogos ou situações. Vale rever o filme para prestar atenção nos detalhes.

- Não há cenas amenas, da política, passando pelo sexo e violência, o filme não é para crianças. Mesmo sendo um filme de "heróis".

- As soluções encontradas para diminuir o complexo mundo do quadrinho são boas e apesar de não aprofundarem certos aspectos relevantes, deixa o espectador com vontade de ler o quadrinho. E isso é fundamental para um filme desse calibre e pretensão.

- Os atores estão muito bem. Eles conseguem passar, em meio aos exuberantes efeitos especiais, medo, fúria, tensão e a tristeza de suas vidas.

- O final, e digo isso sem temer a fúria dos apaixonados fãs, é melhor que o do quadrinho. Tudo bem, sei que no quadrinho há uma homenagem explícita aos quadrinhos de ficção e terror da década de 50, mas, para o filme, ficou muito bem amarrado.

- O filme mantém a mensagem do quadrinho. Não adianta um mundo perfeito quando ele é construido com o sangue de inocentes. Ah! Como no quadrinho, é clara a idéia de que certas idéias pacifistas, levam a um totalitarismo mascarado de benesses.

Alguns pontos fracos:

- Infelizmente o filme não se aprofunda muito bem na vida dos personagens, mesmo dos "heróis". Mas falha feio em não nos deixar simpatizar pelas pessoas comuns, ponto dos mais importantes e marcantes da HQ.

- Como disse lá em cima, as cenas de luta são todas filmadas no estilo 300, o que cansa um pouco e toma espaço da trama.

- Apesar da história estar amarrada, fica um pouco confusa para o público não-iniciado acompanhar tudo o que está acontecedo, principalmente com personagens secundários, que no filme parecem estar lá apenas como escada para os protagonistas. Na HQ eles são fundamentais para o contexto da história.

- Não há nada que explique o que é o jornal New Frontiersman, que faz com que quem não conhece o quadrinho fique se perguntando no derradeiro momento: "Quem são esses caras?"

No final de tudo dá para dizer o seguinte: quem conhece o quadrinho, se assistir sem idéias pré-concebidas ou preconceito, vai se divertir com os personagens agora tridimensionais. Quem não conhece, espero, vai correr para ler o quadrinho.

p.s. Batman - O Cavaleiro das Trevas e O Homem de Ferro, ainda são melhores.
p.s.2 - Ronald Reagan é o cara!!!

domingo, março 01, 2009

Austrália irá pesquisar meios de reduzir a emissão de gases...dos animais?!

Parece piada, mas não é. O governo australiano anunciou que irá gastar 17 milhões de dólares em pesquisas para diminuir a emissão de gás "natural" de seus quase 120 milhões de animais. Como todos sabem, esses gases são um dos principais fatores que contribuem para o aquecimento global (?)

O projeto, lançado esta semana pelo ministro da agricultura, Tony Burke, irá pesquisar dezoito áreas, incluindo mudanças de dieta, manipulação genética e maneiras de controlar a bactéria estomacal para reduzir a produção de metano, o chamado greenhouse gas.

Obviamente, como todo bom planejador, os encargos dessa pesquisa e as consequências decorrentos do sucesso devem ser pagas pelos responsáveis, que são: os fazendeiros australianos.

Em uma entrevista de rádio, Burke disse que os fazendeiros australianos devem pagar pelo novo projeto, através de aumento de impostos e transportes.

Um gênio da burocracia o rapaz.

Para mais informações, vá para a Austrália.

Obama e seu ataque discreto à consciência do indíviduo.

A administração Obama irá mover forças para rescindir uma lei federal que auemnta a proteção para os funcionários do sistema de saúde americano que se recusarem a praticar abortos ou outros procedimentos que conflitem com suas escolhas morais ou religiosas.

Esta foi uma das últimas leis que Bush autorizou e que entrou em vigor no dia 20 de Janeiro, dia da posse do candidato democrata. Agora, Obama quer reverter a lei.

A lei federal já há muito proibe discriminação contra funcionários do sistema de saúde que se recusam a praticar abortos ou que de alguma forma o concretizem. O upgrade da administração Bush determina que instituições que recebem dinheiro do governo devem confirmar seu compromisso com as leis que protegem a consciência individual. A intenção era bloquear o fluxo desse dinheiro para instituições que ignorem esse direito.

Tony Perkins, presidente da Family Research Control, resume bem o que isso significa: A intenção do Presidente Obama de mudar a linguagem dessas proteções, irá resultar em que o governo se torna a consciência, não o indíviduo. É um direito da pessoa exercer seu próprio julgamento moral, não de um governo decidir isso por ela."

Quando a consciência individual vale menos do que o direito coletivo, o Estado caminha para o totalitarismo.

Fonte - ABC NEWS