As intenções da Russia estão claras na Geórgia. Qualquer "ex-satélite" da União Soviética que tenha pretensões de se alinhar com o Ocidente (diga-se Estados Unidos da América), está sujeito a sentir a patada do Urso.
E para deixar claro que outras nações podem sofrer o mesmo, um diplomata russo disse que Lituânia, Polônia, Estônia e Letônia irão "pagar" por suas críticas ao imperialismo russo.
A Russia diz que a invasão é para proteger Ossétia do Sul, mas isso é apenas fumaça. A Georgia possui um estratégico óleoduto, tem crescido suas relações com os EUA e a OTAN, inclusive a Georgia é o terceiro país com mais soldados no Iraque.
A importância estratégica da Geórgia é tanta, que em Março um artigo do CNSNews apontava o país como sendo uma das saídas para a Europa diminuir sua dependência do gás natural russo (Reagan tentou de todas as maneiras boicotar a construção do gaseoduto europeu-russo, ele sabia que isso só fortaleceria o Império Sovético).
Putin, primeiro-ministro da Russia e o homem forte do país, é formado nos porões do KGB e tem como objetivo reconstituir os pedaços do império. Para isso ele conta com a fraqueza do Ocidente: evidente em Abril, quando a OTAN postergou a entrada da Geórgia em seus quadros, dando claros sinais de que não percebia o perigo ao lado, também podemos contar nestes desvios a afluência de petro-dólares (que ajudaram a financiar e reequipar o exército russo, afinal).
O mundo assiste em estupor o avanço russo, as vozes que clamam pelo fim do conflito (em menos de três dias os russos mataram mais de 1.600 civis), são poucas. Caso fossem os Estados Unidos, tenham certeza que já marchariam os "soldados da paz" clamando pela cabeça do "Hitler-Bush", mas lidar com um verdadeiro estado terrorista é diferente, dá medo.
p.s. Este comentário foi feito com informações do artigo do IBD.
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