"Well, i'm a fast talking, hell raising, son of a bitch and i'm a sinner and i know how to fight well, i can leave you if i wanna, little baby and i'm gonna tonight. cause i got a bucket full of tears and a hard luck story there's a bad moon rising behind!" Whiskeytown
terça-feira, dezembro 29, 2009
O livro mais importante do ano - "O Diário da Felicidade" de Nicolae Steinhardt
"Esse é dos poucos livros que mudam uma vida!" Com essas palavras um amigo respondeu ao tomo de mais de 500 páginas que lhe mostrei hoje. E devo saudar aqui o que considero o lançamento mais importante este ano no mercado editorial brasileiro!
A publicação do "O Diário da Felicidade", escrito pelo monge ortodoxo romeno Nicolae Steinhardt, na última semana deste 2009 (ano de exaltação tupinambá graças às conquistas lulistas; pré-sal, jogos olímpicos, vox-populi na casa dos 80% de aprovação), mostra que Deus pode andar ocupado, mas ainda opera seus pequenos milagres por estas bandas.
Para entender este milagre, ou o entusiasmo deste escriba, basta folhear o livro e deixar-se levar. Llevar por sinceridade provocadora, coragem (é esta o pilar do livro!) e uma surpresa : ao ler o livro, recordo-me profundamente do poeta Bruno Tolentino! Notar que homens de vidas tão distintas, encontrassem no cristianismo uma força avassaladora, que homens tão opostos no modo de levar a vida compreendessem qe a Graça divina é encontrada até nas situações mais desesperadoras (ou modestas, não é necessário apenas dramas) me move o coração.
"Milhares de diabos me formigam quando vejo como o cristianismo é confundido com a tolice, com uma espécie de piedade tola e covarde, uma bondieuserie (beatice), como se o destino do cristianismo não fosse senão deixar o mundo ser escarnecido pelas forças do mal, e ele, em si, facilitasse as más ações, dado que é por definição condenado à cegueira e à paraplegia."
"Em parte nenhuma e nunca Cristo nos pediu para sermos tolos. Chama-nos para sermos bons, brandos, honestos, humildes de coração, mas não idiotas."
"O sofrimento, alguns homens estão preparados para aceitá-lo. Mas dói-lhes que não o podem compreender. Eis que, no entanto, a incompreensão Kierkegaard descobre-a como parte integrante indispensável de um verdadeiro sofrimento."
Acima, alguns trechos do livro, que ainda revela muito mais da vida de Steinhard e de sua conversão. Há muito mais sobre fé, sobre a violência do Estado, sobre escritores e até o onanismo forçado dos padres, presos em celas fétidas do regime comunista.
E como alerta para nós, embascabados e idiotizados pela nossa medíocre brasilidade, pelo nosso novo e futurista país, fica o alerta visionário do pai de Nicolae, Oscar Steinhardt, que em 1944 ao ver o filho admirando a entrada dos tanques russos em Bucareste, "saudou-o, com um "Ô ANIMAL", acrescentando: "paraste para olhar, animal, paraste para olhar todos e não sabes o que te espera, vê como riem, mas vão chrar lágrimas amargas e também tu...Vamos, para casa..."
Portanto, troquem os símbolos perdidos que ganharam de Natal por este precioso livro e deixem-se mudar um pouco.
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