sexta-feira, dezembro 02, 2005

Talvez um dia, não hoje.

Agora que você não está aqui
posso acender um cigarro na penumbra da lua,
e deixar de acreditar em nossas filhas,
que um dia sonhamos ver crescer.

Já é tarde, todo dia agora é madrugada,
um cinzeiro cheio do que foi nosso amor.
Você não é mais minha, eu não sou mais seu.

São pequenas mortes essas, que surgem
quando algo bom termina.
Ressuscitar, renascer ? talvez um dia, mas não hoje.
Hoje é apenas se cobrir com este cobertor

Que já não tem seu cheiro, que agora
é frio como o vidro da janela
por onde trespassa essa penumbra lunar.

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