sábado, março 21, 2009

Redemption Song - Gran Torino, o testamento de Eastwood


William Munny, Josey Walles, Dirty Harry, Frankie Dunn e todos os grandes anti-heróis da galeria de Clint Eastwood, encontram sua redenção no novo filme do maior diretor vivo da história do cinema americano, Gran Torino.


Walt Kowalszki é o maior personagem de Eastwood, o mais cativante, o mais sincero, o mais complexo. Nada de sua aspereza, de sua grosseria, de sua forma de enxergar o mundo o torna repulsivo, pelo contrário, senti na reação do público uma semi-adoração pelo personagem, a carência que temos neste mundo politicamente correto que tornou toda uma geração em pussies, em simulacros de personalidades que não tem nada de real. E é a desconstrução desse simulacro que Eastwood vai fazendo, tijolo a tijolo, grunhido a grunhido. Estamos diante da força do indíviduo em plenitude.


A espiral de violência dos personagens de Eastwood chega ao fim de forma tocante e garanto, irá perturbar muitos dos críticos que , com a defesa de valores morais construidos ao longo de uma vida de esforço próprio, da defesa da posse de armas, de que a velhice pode ser digna sem ser protegida, mas last but not least, não vão saber lidar com a profunda religiosidade que permeia o filme.


Portanto, levantem a bunda do sofá e vão assisitir ao filme, pode ser a última vez que teremos a chance de ver Eastwood no cinema como ator.


p.s. Em vários momentos do tive, tive a garganta apertada e lágrimas vieram aos meus olhos, é como se me despedisse de um grande amigo, quase como de um pai. Portanto, deixo essa crítica meio inacabada, vão assisitr o filme!!!!



4 comentários:

Joel Pinheiro disse...

Putz, não sei por que ainda não vi!

O Clint, em seus 100 e tantos anos, é mais homem que todos os outros atores de Hollywood juntos.

Só o trailler de Gran Torino por si só é superior a todos os filmes do Oscar.

Zé Luis disse...

Genial.

Além de ser uma lição, é também um filme sobre conversão, a verdadeira, é claro.

Mariana* disse...

Acabei de chegar do cinema, que estava quase às moscas, e sabia que encontraria neste blog algum comentário sobre " Gran Torino". Que filmaço! Que trabalho maravilhoso que Clint oferece! Pensei em vários momentos do filme: Como seria bom vários vizinhos como Walt Kowalszki!!!Mas certamente alguém me repreenderia alertando para a quantidade de armas que o velho tem, como um indício de que coisa boa não poderia ser. Não só é como mostra que quando os Bons aceitam o papinho dodói como o do desarmamento ,o outro lado aplaude provocando o samba do crioulo doido com mirando nossa nuca.E o melhor, o melhor mesmo é que no final Clint esbofeteia a platéia sedenta por vingança ( bom, eu estava querendo que ele arrebentasse a cara dos chinas)com a melhor arma que podemos ter...mas será que alguém compreendeu? Será que o pessoal não vai achar cristão demais pro paladar? Acho que entendo porque o cinema estava quase vazio.
Ainda estou no nó da emoção mas penso que o filme é um hino de amor ao que há de melhor na tradição norte americana ( e infelizmente pensei que se fosse no Brasil o final seria catastrófico, contando só com a justiça divina para aliviar a safadeza), o que há de melhor no ser humano (mesmo no meio trash em que vivemos), o que há de melhor ... a tradição cristã. Que jóia este filme, transforma um pretexto simples em algo espetacular... bem típico dos gênios!

Mariana* disse...

Acabei de chegar do cinema, que estava quase às moscas, e sabia que encontraria neste blog algum comentário sobre " Gran Torino". Que filmaço! Que trabalho maravilhoso que Clint oferece! Pensei em vários momentos do filme: Como seria bom vários vizinhos como Walt Kowalszki!!!Mas certamente alguém me repreenderia alertando para a quantidade de armas que o velho tem, como um indício de que coisa boa não poderia ser. Não só é como mostra que quando os Bons aceitam o papinho dodói como o do desarmamento ,o outro lado aplaude provocando o samba do crioulo doido com mirando nossa nuca.E o melhor, o melhor mesmo é que no final Clint esbofeteia a platéia sedenta por vingança ( bom, eu estava querendo que ele arrebentasse a cara dos chinas)com a melhor arma que podemos ter...mas será que alguém compreendeu? Será que o pessoal não vai achar cristão demais pro paladar? Acho que entendo porque o cinema estava quase vazio.
Ainda estou no nó da emoção mas penso que o filme é um elogio ao que há de melhor na tradição norte americana ( e infelizmente pensei que se fosse no Brasil o final seria catastrófico, contando só com a justiça divina para aliviar a safadeza), o que há de melhor no ser humano (mesmo no meio trash em que vivemos), o que há de melhor ... a tradição cristã. Que jóia este filme, transforma um pretexto simples em algo espetacular... bem típico dos gênios!