Watchmen está nos cinemas e o que esperar?
Bom, acabei de chegar em casa, depois de mais de duas horas e meia de violência, sexo e delírio visual com uma certeza: Watchmen seria um filme muito melhor se seu diretor, Zack Snyder, se livrasse do vício de filmar toda cena de violência em slow motion, brincadeira da qual já havia usado e abusado em 300.
Divido com vocês algumas impressões, boas e más, que tive do filme.
Primeiro as boas:
- Watchmen consegue segurar o mistério de quem é o responsável pela caça aos mascarados, é claro que as pessoas que conhecem a história sabem de tudo, mas quem não conhece é ludibriado pela história, mérito para quem adaptou o quadrinho para o roteiro.
- Cada cena é um mar de referências, tanto à trama, como a acontecimentos ou pessoas que realmente existiram. O filme não trata o espectador como burro e há pequenos personagens, eventos e objetos de cena que remetem a algum aspecto da trama. Um bom conhecimento da história americana no século xx faz-se necessário para entender certos diálogos ou situações. Vale rever o filme para prestar atenção nos detalhes.
- Não há cenas amenas, da política, passando pelo sexo e violência, o filme não é para crianças. Mesmo sendo um filme de "heróis".
- As soluções encontradas para diminuir o complexo mundo do quadrinho são boas e apesar de não aprofundarem certos aspectos relevantes, deixa o espectador com vontade de ler o quadrinho. E isso é fundamental para um filme desse calibre e pretensão.
- Os atores estão muito bem. Eles conseguem passar, em meio aos exuberantes efeitos especiais, medo, fúria, tensão e a tristeza de suas vidas.
- O final, e digo isso sem temer a fúria dos apaixonados fãs, é melhor que o do quadrinho. Tudo bem, sei que no quadrinho há uma homenagem explícita aos quadrinhos de ficção e terror da década de 50, mas, para o filme, ficou muito bem amarrado.
- O filme mantém a mensagem do quadrinho. Não adianta um mundo perfeito quando ele é construido com o sangue de inocentes. Ah! Como no quadrinho, é clara a idéia de que certas idéias pacifistas, levam a um totalitarismo mascarado de benesses.
Alguns pontos fracos:
- Infelizmente o filme não se aprofunda muito bem na vida dos personagens, mesmo dos "heróis". Mas falha feio em não nos deixar simpatizar pelas pessoas comuns, ponto dos mais importantes e marcantes da HQ.
- Como disse lá em cima, as cenas de luta são todas filmadas no estilo 300, o que cansa um pouco e toma espaço da trama.
- Apesar da história estar amarrada, fica um pouco confusa para o público não-iniciado acompanhar tudo o que está acontecedo, principalmente com personagens secundários, que no filme parecem estar lá apenas como escada para os protagonistas. Na HQ eles são fundamentais para o contexto da história.
- Não há nada que explique o que é o jornal New Frontiersman, que faz com que quem não conhece o quadrinho fique se perguntando no derradeiro momento: "Quem são esses caras?"
No final de tudo dá para dizer o seguinte: quem conhece o quadrinho, se assistir sem idéias pré-concebidas ou preconceito, vai se divertir com os personagens agora tridimensionais. Quem não conhece, espero, vai correr para ler o quadrinho.
p.s. Batman - O Cavaleiro das Trevas e O Homem de Ferro, ainda são melhores.
Bom, acabei de chegar em casa, depois de mais de duas horas e meia de violência, sexo e delírio visual com uma certeza: Watchmen seria um filme muito melhor se seu diretor, Zack Snyder, se livrasse do vício de filmar toda cena de violência em slow motion, brincadeira da qual já havia usado e abusado em 300.
Divido com vocês algumas impressões, boas e más, que tive do filme.
Primeiro as boas:
- Watchmen consegue segurar o mistério de quem é o responsável pela caça aos mascarados, é claro que as pessoas que conhecem a história sabem de tudo, mas quem não conhece é ludibriado pela história, mérito para quem adaptou o quadrinho para o roteiro.
- Cada cena é um mar de referências, tanto à trama, como a acontecimentos ou pessoas que realmente existiram. O filme não trata o espectador como burro e há pequenos personagens, eventos e objetos de cena que remetem a algum aspecto da trama. Um bom conhecimento da história americana no século xx faz-se necessário para entender certos diálogos ou situações. Vale rever o filme para prestar atenção nos detalhes.
- Não há cenas amenas, da política, passando pelo sexo e violência, o filme não é para crianças. Mesmo sendo um filme de "heróis".
- As soluções encontradas para diminuir o complexo mundo do quadrinho são boas e apesar de não aprofundarem certos aspectos relevantes, deixa o espectador com vontade de ler o quadrinho. E isso é fundamental para um filme desse calibre e pretensão.
- Os atores estão muito bem. Eles conseguem passar, em meio aos exuberantes efeitos especiais, medo, fúria, tensão e a tristeza de suas vidas.
- O final, e digo isso sem temer a fúria dos apaixonados fãs, é melhor que o do quadrinho. Tudo bem, sei que no quadrinho há uma homenagem explícita aos quadrinhos de ficção e terror da década de 50, mas, para o filme, ficou muito bem amarrado.
- O filme mantém a mensagem do quadrinho. Não adianta um mundo perfeito quando ele é construido com o sangue de inocentes. Ah! Como no quadrinho, é clara a idéia de que certas idéias pacifistas, levam a um totalitarismo mascarado de benesses.
Alguns pontos fracos:
- Infelizmente o filme não se aprofunda muito bem na vida dos personagens, mesmo dos "heróis". Mas falha feio em não nos deixar simpatizar pelas pessoas comuns, ponto dos mais importantes e marcantes da HQ.
- Como disse lá em cima, as cenas de luta são todas filmadas no estilo 300, o que cansa um pouco e toma espaço da trama.
- Apesar da história estar amarrada, fica um pouco confusa para o público não-iniciado acompanhar tudo o que está acontecedo, principalmente com personagens secundários, que no filme parecem estar lá apenas como escada para os protagonistas. Na HQ eles são fundamentais para o contexto da história.
- Não há nada que explique o que é o jornal New Frontiersman, que faz com que quem não conhece o quadrinho fique se perguntando no derradeiro momento: "Quem são esses caras?"
No final de tudo dá para dizer o seguinte: quem conhece o quadrinho, se assistir sem idéias pré-concebidas ou preconceito, vai se divertir com os personagens agora tridimensionais. Quem não conhece, espero, vai correr para ler o quadrinho.
p.s. Batman - O Cavaleiro das Trevas e O Homem de Ferro, ainda são melhores.
p.s.2 - Ronald Reagan é o cara!!!
2 comentários:
Dio, só assisti o filme ontem, e esperei até agora para ler seu comentário.
Também escrevi o meu, dá uma olhada:
http://igordroog.blogspot.com/2009/04/watchmen-para-quem.html
Abraço,
Igor
Como é mesmo o nome do cara com quem você fez aula, que fez uma análise de Watchmen?
Abraço,
Igor
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