terça-feira, dezembro 29, 2009

O livro mais importante do ano - "O Diário da Felicidade" de Nicolae Steinhardt


"Esse é dos poucos livros que mudam uma vida!" Com essas palavras um amigo respondeu ao tomo de mais de 500 páginas que lhe mostrei hoje. E devo saudar aqui o que considero o lançamento mais importante este ano no mercado editorial brasileiro!

A publicação do "O Diário da Felicidade", escrito pelo monge ortodoxo romeno Nicolae Steinhardt, na última semana deste 2009 (ano de exaltação tupinambá graças às conquistas lulistas; pré-sal, jogos olímpicos, vox-populi na casa dos 80% de aprovação), mostra que Deus pode andar ocupado, mas ainda opera seus pequenos milagres por estas bandas.

Para entender este milagre, ou o entusiasmo deste escriba, basta folhear o livro e deixar-se levar. Llevar por sinceridade provocadora, coragem (é esta o pilar do livro!) e uma surpresa : ao ler o livro, recordo-me profundamente do poeta Bruno Tolentino! Notar que homens de vidas tão distintas, encontrassem no cristianismo uma força avassaladora, que homens tão opostos no modo de levar a vida compreendessem qe a Graça divina é encontrada até nas situações mais desesperadoras (ou modestas, não é necessário apenas dramas) me move o coração.

"Milhares de diabos me formigam quando vejo como o cristianismo é confundido com a tolice, com uma espécie de piedade tola e covarde, uma bondieuserie (beatice), como se o destino do cristianismo não fosse senão deixar o mundo ser escarnecido pelas forças do mal, e ele, em si, facilitasse as más ações, dado que é por definição condenado à cegueira e à paraplegia."

"Em parte nenhuma e nunca Cristo nos pediu para sermos tolos. Chama-nos para sermos bons, brandos, honestos, humildes de coração, mas não idiotas."

"O sofrimento, alguns homens estão preparados para aceitá-lo. Mas dói-lhes que não o podem compreender. Eis que, no entanto, a incompreensão Kierkegaard descobre-a como parte integrante indispensável de um verdadeiro sofrimento."

Acima, alguns trechos do livro, que ainda revela muito mais da vida de Steinhard e de sua conversão. Há muito mais sobre fé, sobre a violência do Estado, sobre escritores e até o onanismo forçado dos padres, presos em celas fétidas do regime comunista.

E como alerta para nós, embascabados e idiotizados pela nossa medíocre brasilidade, pelo nosso novo e futurista país, fica o alerta visionário do pai de Nicolae, Oscar Steinhardt, que em 1944 ao ver o filho admirando a entrada dos tanques russos em Bucareste, "saudou-o, com um "Ô ANIMAL", acrescentando: "paraste para olhar, animal, paraste para olhar todos e não sabes o que te espera, vê como riem, mas vão chrar lágrimas amargas e também tu...Vamos, para casa..."

Portanto, troquem os símbolos perdidos que ganharam de Natal por este precioso livro e deixem-se mudar um pouco.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Uma mensagem de Natal para compartilhar.

"Deus se revela nos ternos braços do Menino Jesus. Graças a São Francisco, o povo cristão pôde perceber que, no Natal, Deus se tornou verdadeiramente Emanuel, o Deus-conosco, do qual nenhuma barreira nem nenhuma distância pode nos separar. Naquele Menino, Deus passou a estar tão próximo de cada um de nós, que podemos nos referir a Ele por você, cultivando com Ele uma relação íntima de profundo afeto, como faríamos com um recém-nascido.

"Naquele Menino, de fato, se manifesta Deus-Amor: Deus vem sem armas, sem a força, porque não pretende conquistar, por assim dizer, a partir do externo, mas deseja ao contrário ser acolhido pelo homem livremente; Deus se faz um Menino indefeso a fim de vencer a soberba, a violência, o ímpeto de possuir do homem. Em Jesus, Deus assumiu essa condição pobre e desarmada para nos vencer pelo amor, conduzindo-nos à nossa verdadeira identidade. Não devemos esquecer que o maior dos títulos de Jesus Cristo é justamente o de 'Filho', Filho de Deus; a dignidade divina é indicada por essa terminação, que prolonga a referência à sua humilde condição na manjedoura de Belém, enquanto corresponde de maneira única à sua divindade, que é a divindade de 'Filho'.

Sua condição de Menino nos indica, ainda, como podemos encontrar a Deus e desfrutar de Sua presença. É à luz do Natal que podemos compreender as palavras de Jesus: 'Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus' (Mt 18,3) (Bento XVI, 23 de dezembro de 2009).

domingo, dezembro 06, 2009

Nova Dicta & Contradicta


Do site da revista Dicta & Contradicta, detalhes sobre a edição nº 4:

"O que o leitor tem nas mãos é uma revista de peso. Se intelectual ou não é coisa que lhe cabe decidir. Nada de metáforas: é peso físico mesmo. A quarta edição da Dicta, com suas 282 páginas, sai do prelo maior que a terceira, que saiu maior que a segunda, que saiu maior que a primeira. O que nos permite prever, com razoável grau de certeza, que lá pela décima publicação será entregue às livrarias em três tomos de 457 páginas cada, in-fólio e capa dura. Esperemos que não. Mas não é culpa nossa; a criança está crescendo sozinha e tem sido difícil conter o entusiasmo de nossos colaboradores por dar algum peso – agora sim – intelectual ao debate cultural brasileiro. Sem mais, vamos a eles."

Para ler mais, acessem - Dicta

sábado, novembro 28, 2009

Um Natal com Bob Dylan.

Em uma entrevista exclusiva para o Street News Service, Bob Dylan conversa com Bill Flanagan. Em meio ao bate-papo, algumas declarações que vão mexer com vocês.

Só para atiçar a curiosidade:

"B.F.: You really give a heroic performance of O’ LITTLE TOWN OF BETHLEHEM The way you do it reminds me a little of an Irish rebel song. There’s something almost defiant in the way you sing, “The hopes and fears of all the years are met in thee tonight.” I don’t want to put you on the spot, but you sure deliver that song like a true believer.

B.D.: Well, I am a true believer."

e que tal o seguinte diálogo...?

"B.F.: Do you have a favorite Christmas album?

B.D.: Maybe the Louvin Brothers. I like all the religious Christmas albums. The ones in Latin. The songs I sang as a kid.

B.F.: A lot of people like the secular ones.

B.D.: Religion isn’t meant for everybody. "

vocês podem ler a entrevista inteira clicando Santa Claus.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Não tem a capa ainda, mas já dá pra encomendar...Dicta, V.4

Parem as máquinas! Debate, polêmica, ousadia...a capa ainda não está pronta, mas já dá para encomendar a nova Dicta e Contradicta (o nº4, para os desavisados!) no site da boa e velha Livraria Cultura.

Encomendem já a sua, clique DICTA

Ah, o lançamento está previsto para o dia 10 de Dezembro (ao que parece na Livraria Cultura do shopping Villa-Lobos, mas aguardem confirmação).

quinta-feira, novembro 26, 2009

Reportagem do Wall Street Journal sobre o Climagate!

Pois é, no dia 17 (er...dia 22) fiz um post falando sobre informações que vazaram na internet revelando a manipulação de dados sobre o aquecimento global. Alguns me azucrinaram, falaram que eu estava inventando os fatos, e por aí vai...

Mas como um fato desses é grande demais e não podia ficar restrito a este insignificante blog, não é que o Wall Street Journal também foi atrás da "minha teoria da conspiração"?! Pois é, amigos, acessem o site deles e aguardem, quem sabe daqui há umas duas semanas não sai na Folha ou passa no Fantástico!

terça-feira, novembro 24, 2009

Um pequeno sumário sobre o mudanças climáticas.

  • O pessoal do blog ButNowYouKnow fez um pequeno sumário sobre as opiniões/discussões sobre as mudanças climáticas da Terra. Para acessar mais informações, gráficos, etc. clique aqui, e bom aprendizado.
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  • 1895 - Geologists Think the World May Be Frozen Up Again New York Times, February 1895
  • 1902 - “Disappearing Glaciers…deteriorating slowly, with a persistency that means their final annihilation…scientific fact…surely disappearing.” – Los Angeles Times
  • 1912 - Prof. Schmidt Warns Us of an Encroaching Ice AgeNew York Times, October 1912
  • 1923 - “Scientist says Arctic ice will wipe out Canada” – Professor Gregory of Yale University, American representative to the Pan-Pacific Science Congress, – Chicago Tribune
  • 1923 - “The discoveries of changes in the sun’s heat and the southward advance of glaciers in recent years have given rise to conjectures of the possible advent of a new ice age” – Washington Post
  • 1924 - MacMillan Reports Signs of New Ice Age New York Times, Sept 18, 1924
  • 1929 - “Most geologists think the world is growing warmer, and that it will continue to get warmer” – Los Angeles Times, in Is another ice age coming?
  • 1932 - “If these things be true, it is evident, therefore that we must be just teetering on an ice age” – The Atlantic magazine, This Cold, Cold World
  • 1933 - America in Longest Warm Spell Since 1776; Temperature Line Records a 25-Year Rise New York Times, March 27th, 1933
  • 1933 – “…wide-spread and persistent tendency toward warmer weather…Is our climate changing?” – Federal Weather Bureau “Monthly Weather Review.”
  • 1938 - Global warming, caused by man heating the planet with carbon dioxide, “is likely to prove beneficial to mankind in several ways, besides the provision of heat and power.”– Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society
  • 1938 - “Experts puzzle over 20 year mercury rise…Chicago is in the front rank of thousands of cities thuout the world which have been affected by a mysterious trend toward warmer climate in the last two decades” – Chicago Tribune
  • 1939 - “Gaffers who claim that winters were harder when they were boys are quite right… weather men have no doubt that the world at least for the time being is growing warmer” – Washington Post
  • 1952 - “…we have learned that the world has been getting warmer in the last half century” – New York Times, August 10th, 1962
  • 1954 - “…winters are getting milder, summers drier. Glaciers are receding, deserts growing” – U.S. News and World Report
  • 1954 - Climate – the Heat May Be OffFortune Magazine
  • 1959 - “Arctic Findings in Particular Support Theory of Rising Global Temperatures” – New York Times
  • 1969 - “…the Arctic pack ice is thinning and that the ocean at the North Pole may become an open sea within a decade or two” – New York Times, February 20th, 1969
  • 1970 - “…get a good grip on your long johns, cold weather haters – the worst may be yet to come…there’s no relief in sight” – Washington Post
  • 1974 - Global cooling for the past forty years – Time Magazine
  • 1974 - “Climatological Cassandras are becoming increasingly apprehensive, for the weather aberrations they are studying may be the harbinger of another ice age” – Washington Post
  • 1974 - “As for the present cooling trend a number of leading climatologists have concluded that it is very bad news indeed” – Fortune magazine, who won a Science Writing Award from the American Institute of Physics for its analysis of the danger
  • 1974 - “…the facts of the present climate change are such that the most optimistic experts would assign near certainty to major crop failure…mass deaths by starvation, and probably anarchy and violence” – New York Times
  • Cassandras are becoming
    increasingly apprehensive,
    for the weather
    aberrations they are
    studying may be the
    harbinger of another
    ice age
  • 1975 - Scientists Ponder Why World’s Climate is Changing; A Major Cooling Widely Considered to Be InevitableNew York Times, May 21st, 1975
  • 1975 - “The threat of a new ice age must now stand alongside nuclear war as a likely source of wholesale death and misery for mankind” Nigel Calder, editor, New Scientist magazine, in an article in International Wildlife Magazine
  • 1976 - “Even U.S. farms may be hit by cooling trend” – U.S. News and World Report
  • 1981 - Global Warming – “of an almost unprecedented magnitude” – New York Times
  • 1988 - I would like to draw three main conclusions. Number one, the earth is warmer in 1988 than at any time in the history of instrumental measurements. Number two, the global warming is now large enough that we can ascribe with a high degree of confidence a cause and effect relationship to the greenhouse effect. And number three, our computer climate simulations indicate that thegreenhouse effect is already large enough to begin to effect the probability of extreme events such as summer heat waves. – Jim Hansen, June 1988 testimony before Congress, see His later quote and His superior’s objection for context
  • 1989 -”On the one hand, as scientists we are ethically bound to the scientific method, in effect promising to tell the truth, the whole truth, and nothing but – which means that we must include all doubts, the caveats, the ifs, ands and buts. On the other hand, we are not just scientists but human beings as well. And like most people we’d like to see the world a better place, which in this context translates into our working to reduce the risk of potentially disastrous climate change. To do that we need to get some broad based support, to capture the public’s imagination. That, of course, means getting loads of media coverage. So we have to offer up scary scenarios, make simplified, dramatic statements, and make little mention of any doubts we might have. This “double ethical bind” we frequently find ourselves in cannot be solved by any formula. Each of us has to decide what the right balance is between being effective and being honest. I hope that means being both.” – Stephen Schneider, lead author of the Intergovernmental Panel on Climate Change, Discover magazine, October 1989
  • 1990 - “We’ve got to ride the global warming issue. Even if the theory of global warming is wrong, we will be doing the right thing – in terms of economic policy and environmental policy” – Senator Timothy Wirth
  • 1993 - “Global climate change may alter temperature and rainfall patterns, many scientists fear, with uncertain consequences for agriculture.” – U.S. News and World Report
  • 1998 - No matter if the science [of global warming] is all phony . . . climate change [provides] the greatest opportunity to bring about justice and equality in the world.” —Christine Stewart, Canadian Minister of the Environment, Calgary Herald, 1998
  • 2001 - “Scientists no longer doubt that global warming is happening, and almost nobody questions the fact that humans are at least partly responsible.” – Time Magazine, Monday, Apr. 09, 2001
  • 2003 - Emphasis on extreme scenarios may have been appropriate at one time, when the public and decision-makers were relatively unaware of the global warming issue, and energy sources such as “synfuels,” shale oil and tar sands were receiving strong consideration” – Jim Hansen, NASA Global Warming activist, Can we defuse The Global Warming Time Bomb?, 2003
  • 2006 - “I believe it is appropriate to have an over-representation of factual presentations on how dangerous it is, as a predicate for opening up the audience to listen to what the solutions are, and how hopeful it is that we are going to solve this crisis.” — Al Gore, Grist magazine, May 2006
  • Now: The global mean temperature has fallen for two years in a row, which is why you stopped hearing details about the actual global temperature, even while they carry on about taxing you to deal with it…how long before they start predicting an ice age?

Um artigo contra o psicopata.

Artigo do governador José Serra (SP) na Folha de hoje.

Visita indesejável

É DESCONFORTÁVEL recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial e repressivo. Afinal, temos um passado recente de luta contra a ditadura e firmamos na Constituição de 1988 os ideais de democracia e direitos humanos. Uma coisa são relações diplomáticas com ditaduras, outra é hospedar em casa os seus chefes.

O presidente Ahmadinejad, do Irã, acaba de ser reconduzido ao poder por eleições notoriamente fraudulentas. A fraude foi tão ostensiva que dura até hoje no país a onda de revolta desencadeada. Passados vários meses, os participantes de protestos pacíficos são brutalizados por bandos fascistas que não hesitam em assassinar manifestantes indefesos, como a jovem estudante que se tornou símbolo mundial da resistência iraniana. Presos, torturados, sexualmente violentados nas prisões, os opositores são condenados, alguns à morte, em julgamentos monstros que lembram os processos estalinistas de Moscou.

Como reagiríamos se apenas um décimo disso estivesse ocorrendo no Paraguai ou, digamos, em Honduras, onde nos mostramos tão indignados ao condenar a destituição de um presidente? Enquanto em Tegucigalpa nos negamos a aceitar o mínimo contacto com o governo de fato, tem sentido receber de braços abertos o homem cujo ministro da Defesa é procurado pela Interpol devido ao atentado ao centro comunitário judaico em Buenos Aires, que causou em 1994 a morte de 85 pessoas?

A acusação nesse caso não provém dos americanos ou israelenses. Foi por iniciativa do governo argentino que o nome foi incluído na lista dos terroristas buscados pela Justiça. Se Brasília tem dúvidas, por que não pergunta à nossa amiga, a presidente Cristina Kirchner?

Democracia e direitos humanos são indivisíveis e devem ser defendidos em qualquer parte do mundo. É incoerente proceder como se esses valores perdessem importância na razão direta do afastamento geográfico. Tampouco é admissível honrar os que deram a vida para combater a ditadura no Brasil, na Argentina, no Chile e confratenizar-se com os que torturam e condenam à morte os opositores no Irã. Com que autoridade festejaremos em março de 2010 os 25 anos do fim da ditadura e do início da Nova República?

O extremismo e o gosto de provocação em Ahmadinejad o converteram no mais tristemente célebre negador do Holocausto, o diabólico extermínio de milhões de seres humanos, crianças, mulheres, velhos, apenas por serem judeus. Outros milhares foram massacrados por serem ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. O Brasil se orgulha de ter recebido muitos dos sobreviventes desse crime abominável, que não pode ser esquecido nem perdoado, quanto menos negado. O mesmo país que tentou oferecer um pouco de segurança e consolo a vítimas como Stefan Zweig e Anatol Rosenfeld agora estende honras a alguém que usa seu cargo para banalizar o mal absoluto?

As contradições não param por aí. O Brasil aceitou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e, juntamente com a Argentina, firmou com a Agência Internacional de Energia Atômica um acordo de salvaguardas que abre nossas instalações nucleares ao escrutínio da ONU. Consolidou com isso suas credenciais de aspirante responsável ao Conselho de Segurança e expoente no mundo de uma cultura de paz ininterrupta há quase 140 anos com todos os vizinhos. Por que depreciar esse patrimônio para abraçar o chefe de um governo contra o qual o Conselho de Segurança cansou de aprovar resoluções não acatadas, exortando-o a deter suas atividades de proliferação?

Enfim, trata-se da indesejável visita de um símbolo da negação de tudo o que explica a projeção do Brasil no mundo. Essa projeção provém não das ameaças de bombas ou da coação econômica, que não praticamos, mas do exemplo de pacifismo e moderação, dos valores de democracia, direitos humanos e tolerância encarnados em nossa Constituição como a mais autêntica expressão da maneira de ser do povo brasileiro.

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Atenção . Eu não sou eleitor do Serra, não votei ou votarei nele, mas não tem como negar que neste artigo ele acertou a mão.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Climagate III

"Even though the temperature standstill probably has no effect on the long-term warming trend, it does raise doubts about the predictive value of climate models, and it is also a political issue."

Gerald Traufetter

Dúvidas nãoa respondidas ou pior, nem sequer ouvidas e uso político da ciência, eis o que está por trás da histeria sobre o aquecimento global. Para quem puder ler, recomendo o artigo publicado na Der Spiegel sobre o tema. Detalhe, isso foi antes do vazamento de informações do primeiro post sobre o climagate.

Clique aqui, para ler o artigo.

Climagate II

Para os que duvidam da veracidade ou da fonte do post abaixo sobre a fraude (ou conspiração) que é o aquecimento global, por favor, deixem de preguiça e acessem - Climate Change Fraud.

Ahmadinejad, go to Hell!


"Nesta segunda, Luiz Inácio Lula da Silva cede o palco para o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, falar em nome de uma nova ordem mundial. Na entrevista concedida a William Waack, no Jornal da Globo, entre outras preciosidades, o iraniano afirmou que o capitalismo já provou a sua falência moral… É mesmo? E disse que o sistema se opõe a valores fundamentais do homem — ou algo assim. Eis alguém habilitado para falar em valores humanos…

Nós já sabemos, mas é preciso reafirmar:
— Ahmandinejad é financiador e fomentador do terrorismo no Líbano, nos territórios palestinos e no Iraque;
— Ahmadinejad é um negador do Holocausto;
— Ahmadinejad é um dos artífices de um programa nuclear secreto;
— Ahmadinejad é o homem que promete varrer Israel do mapa;
— Ahmadinejad é o homem que responde a bala a protestos por democracia;
— Ahmadinejad é o líder de um governo que manda para a cadeia e pode mandar para a morte homossexuais só por serem homossexuais e que reprime de modo brutal minorias religiosas;
— Ahmadinejad é o homem que foi reeleito num processo flagrantemente fraudado, o que os próprios aiatolás - menos aiatolula - reconheceram;
— Ahmadinejad é um dos líderes do Irã que satanizam os EUA e os acusam de responsáveis por todos os males que há no mundo.

Pois é este senhor que o Brasil está recebendo, com as honras devidas a um chefe de estado, transformando esse encontro em mais uma evidência do que pretendem vender como a “autonomia” do Brasil e exercício de uma política externa soberana. Trata-se de um acinte e de uma afronta às noções mais comezinhas de direitos humanos."

texto do blog do Reinaldo Azevedo

domingo, novembro 22, 2009

Anti-tabagismo, apague essa idéia.

Para uma matéria cheia de dados científicos e históricos, nada como pequenas manipulações de fatos para mostrar que fomos (ou seremos) "derrotados pelo Grande Irmão pelo cansaço" (palavras de MVC em post da Dicta).

Para começo de conversa, André Petry (o jornalista por trás da propaganda anti-tabagista) revela que, "ainda em 1928, cientistas alemães divulgaram a hipótese de que o cancêr de pulmão...era causado pelo cigarro dos maridos", o que Petry julga ser uma intuição genial !? ok, pode ser lá pra ele, mas em termos concretos, a idéia genial ajudou a criar o fato abaixo.

A matéria mostra que a tal intuição genial terminou por criar o termo Passivrauchen (fumo passivo, em alemão), que surge pela primeira vez na década de 30. O que Petry não revela aqui é que o termo foi usado de maneira ostensiva e como campanha de saúde pública na ALEMANHA NAZISTA!!

Ora, não é de se imaginar que um reporter da Veja não conheça o básico sobre o assunto antes de escrever uma matéria. Portanto, o que temos aqui é uma descarada benção ao controle sobre nossos hábitos privados, sobre o papel que devemos ter perante o Estado (crianças que precisam ser cuidadas, amparadas, protegidas o tempo todo de...nós mesmos!). Não, o próprio uso de adjetivos como "inocentes" para os não-fumantes e de que o hábito de fumar é uma "agressão inadmissível" contra eles, mostra que o texto é uma peça de campanha, de manipulação de vontades e consciências e não de jornalismo.

O ponto chave aqui não é se fumar faz mal ou não. Como bem disse o Antônio Fagundes na entrevista que deu à revista Playboy deste mês, (sim, aquela com a Fernanda Young na capa, que como escritora é uma delícia de coelhinha), os radicais livres nos destroem pela oxidação, e para evitar isso basta ficarmos sem respirar oxigênio. Isso sim é uma intuição genial!

Mas falando sério, a questão é o quanto deixamos que o Estado, ou outras instituições (ONU, Ongs, etc.) passem a dizer, a ditar (ditadura, sacaram?), o que é saudável ou não, o que é válido para nós ou não. Hoje eles começam banindo e criminalizando o cigarro, amanhã pode ser a Veja do Petry, depois, quem irá dizer ou provar "cientifícamente que seus pensamentos ou hábitos de consumo não serão um problema causado por algum "desvio mental"?

Há ainda uma pequena entrevista do epidemiologista Thomas Frieden, que a certa altura diz que projeta para os próximos 50 anos uma sociedade que irá "reduzir drasticamente o número de fumantes, que teremos comidas saborosas e menos calóricas e estaremos fazendo exercícios físicos regularmente". Bom, isso quer dizer que em cinquenta anos estaremos vivendo sob Quarto Reich e de boa vontade.

Pra quem quiser saber um pouco mais sobre as campanhas nazistas contra o cigarro clique aqui e para ter uma perspectiva histórica do quanto boas ações tornam-se meios de controlar nossas vidas, leiam - Fascismo de Esquerda, do autor Jonah Goldberg. Acreditem, o controle sobre o cigarro é só o começo.

Climagate ou como uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.

Pois é, demorou mas vazou: Hackers invadiram o centro de pesquisas climáticas da Universidade de East Anglia (Norwich - Inglaterra) - um dos principais centros de pesquisa sobre o clima - e soltou mais de 1000 emails e 72 documentos na internet. O que esses documentos mostram? Bom, que estamos diante de uma das maiores farsas da história da ciência moderna. O aquecimento global como causa humana é uma falácia, um embuste.

Temos de tudo: destruição de evidências científicas, manipulação de dados, e muito mais.

Inicialmente a notícia apareceu na Austrália, na revista Investigative e o também no Herald-Sun. Por enquanto circula apenas na internet, mas vamos ver se aparece na "mídia séria".

No link do Herald-Sun há vários outros para os documentos e também a análise de Andrew Bolt. Bolt tem postado novas informações e trechos dos emails que revelam a trama.

E pra quem achar que o material divulgado é falso ou foi manipulado, deêm uma lida nas palavras da própria UEA no link que segue - UEAUK.

É claro que a paranóia e histeria sobre o aquecimento global não vai acabar da noite para o dia, foram anos, décadas de manipulação, mentiras e lavagem cerebral para criar a imagem de um fim de mundo eco-cataclísmica

terça-feira, novembro 17, 2009

Bob Dylan - Must Be Santa

Se vocês não viram o novo vídeo do bardo, Bob Dylan, não percam a chance e vejam-no agora. Dylan, mais galhofeiro e anarquico, impossível.

Nada pra dizer.

Confisso que tá difícil escrever no blog. Razões? muitas, mas nenhuma com real importância. Bom, como "idéias têm consequências", (nome de um livrinho muito bom escrito por Richard M. Weaver), vou me abster de falar bobagens. Foi assim que Marx começou e Derrida terminou.

sábado, novembro 14, 2009

Para lembrar a queda do muro de Berlim...

...um grupo de estudantes da Washington University, em St. Louis, montou um "memorial" (um teatrinho gulag), para chamar a atenção sobre as consequências nefastas de certas idéias.

Vejam que a homenagem foi além do que eles imaginaram, e no fim, a experiência mostrou-se mais real do que o planejado.

Música Sacra.

"But it is too early to relegate Western sacred music to the museum. More children are studying classical music than ever before, and more people are converting to Christianity. I do not know to what extent the estimated 140 million Christian converts in China overlap with the estimated 60 million students of classical music. But the potential surely exists for revival of sacred music on a scale that humanity never before has seen."

A frase acima é de David P. Golman, que em um artigo para a First Things, discute o significado da música sacra, seu desenvolvimento e influência que tem (ou terá) em tempos vindouros.



sexta-feira, novembro 13, 2009

Da amizade.

O melhor amigo de um homem na madrugada é um maço de cigarros, cheio.

Curtas, que o tempo tá curto.

Bastardos Inglórios - Tarantino atinge a maturidade. O filme onde o cineasta consegue usar a tensão e a violência para contar uma história com sentido e moral. Em poucas palavras - a arte não deve ser um artifício para a a exaltação do Estado, ideologias totalitaristas ou para justificar nossos atos devassos. Leni Riefenstahl pode ser uma cineasta genial, mas continua sendo uma nazista.

Os Arquivos de Neil Young - Ainda não consegui ver todos os DVDs, mas do que já vi posso afirmar: é absurda a quantidade de informação contida nos discos. Fotos, imagens, vídeos inéditos, músicas escondidas, entrevistas de rádio ou TV...dá pra perder pelo menos duas horas e meia bricando e fuçando em cada um dos 9 discos. Escreverei mais quando tiver visto tudo!

O novo ataque terrorista em solo americano - Não se deixem enganar, Nidal Hassan, é fruto de uma política leniente e é apenas a ponta do iceberg. Nas prisões, nos meios militares, na cultura, a influência e presença dos filhos de Maomé são maiores do que o beatiful people quer acreditar. E desculpem a sinceridade, nada de bom vem do Islã. A América, principalmente com a presidência lulesca de Obama, esta vulnerável a novos e maiores ataques.

From Dawn to Decadence - Quer entender os últimos quinhentos anos da nossa história? Esqueça então autores bocós como Hobsbawm ou compêndios medíocres e leia Jacques Barzun. O pensador francês (que mora no Texas !? e nasceu em 1907, portanto está no auge dos seus 102 anos!) foi uma grata surpresa e seu livro sobre a história intelectual do Ocidente (que é a que importa, fellas!) é um marco da inteligência humana.

Jingle Bells...ou, Bob Dylan has come to town!


Não tem como não ficar feliz em anunciar que o último trabalho do bardo americano, Christmas in the Heart, será lançado no Brasil.

Mas o mais importante, o cd será vendido apenas na e pela Livraria Cultura.

Para encomendar o seu, clique aqui!

sábado, setembro 19, 2009

BOB DYLAN - CHRISTMAS IN THE HEART (PREVIEW) to be released October 13, 2009

Trechos do novo disco de Dylan.

Pelo visto, Dylan continua bem humorado e fazendo das suas, mas seus "fãs" parece que não gostaram muito. Sabe como é, ninguém mais reconhece o Ebenezer Scrooge quando encara o espelho.

Eu já reservei o meu...e você?

domingo, agosto 02, 2009

E o Fagundes acende o cigarro e mostra o pau!

Corajoso, incorreto, rabugento, turrão! ,assim Antônio Fagundes dá um chega pra lá no politicamente correto e mostra que é preciso parar com essa paranóia anti-tabagista, antes que o próximo na lista seja você, meu caro comedor de bolachas.

Deu na "trolha" de hoje:

"Vou peitar isso e fumar. Temos um problema de censura. É um precedente grave se a gente não fala nada. Fiquei surpreso que os fumantes tenham ficado quietos. O brasileiro está muito quieto para tudo. Espero que os fumantes não votem nas pessoas que aprovaram essa lei. É engraçado, porque parece que o [governador José] Serra é ex-fumante. Não tem coisa pior do que ex".

Para Fagundes, "começa assim; amanhã, vão dizer que não pode beijar na boca porque passa gripe suína; depois, não pode mostrar assassinato [em cena], porque é contra a lei. As pessoas ainda não perceberam, a liberdade não se perde de uma vez. Os puritanos proibiram o teatro na Inglaterra por décadas pois achavam que era satânico. Caminhamos para isso".

Bom, eu não sou lá muito fã do Fagundes, nem a pessoa mais chegada em teatro, mas confesso que agora vou deixar meus preconceitos e vou lá, com meu maço de Camel a tiracolo.

A peça, "Restos", estréia dia 20 no teatro da FAAP.

A nota bocó da matéria fica por conta da declaração do boçal do Gerald Thomas, dizendo que cigarro não dá barato e que deve ser proibido mesmo.

sábado, agosto 01, 2009

Public Enemies


Michael Mann é um dos preferidos da casa. Inovador, ousado com uma das paletas de cores mais impressionantes do cinema e ao mesmo tempo mantendo a mão firme nos roteiros, não dá para ignorar um filme dele.

E em cartaz no país está, Inimigos Públicos, a história de Dillinger, e bom, tirando ter que aguentar as moças suspirando a cada tomada de Johnny Deep (em um de seus melhores papéis, sem as histrionices burtonianas) o filme é um primor.

Mas não vou falar muito, não. Na verdade deixo que Elvis Costello faça isso por mim. A letra de Complicated Shadows encaixa perfeitamente no espírito do filme e a canção faz parte de seu último álbum: Secret, Profane & Sugarcane. Por sinal, altamente recomendável.

Para completar, que tal assistir uma versão mais violenta, menos glamorousa do mito Dillinger? pois recomendo que assistam o filme de John Millius: Dillinger - Inimigo Público nº1. Warren Oates pode não ter o carisma de Deep, mas torna Dillinger muito mais perigoso, violente e cruel do que na versão de Mann.

Complicated Shadows

Well you know your time has come and you're sorry for what you've done
You should've never have been playing with a gun
In those Complicated Shadows
Well there's a line that you must toe
and it'll soon be time to go
but it's darker than you know in those Complicated Shadows

All you gangsters and rude clowns
Who were shooting up the town
When you should have found someone to put the blame on
Though the fury's hot and hard
I still see that cold graveyard
There's a solitary stone that's got your name on

You don't have to take it from me
But I know what I spake
You think you're like iron and steel
But iron and steel will bend and break
In those Complicated Shadows

Go!

Sometimes justice you will find
Is just dumb not colour-blind
And your poor shattered mind can't take it all in
All those phantoms and those shades
Should Jump up on Judgement Day
And say to the Almighty "I'm still stinking of sin"

But the jury was dismissed
Took his neck and they give it a twist
So you see you won't be missed in those Complicated Shadows

You can say just what you like in a voice like a John Ford film
Take the law into your hands
You will soon get tired of killing
In those Complicated Shadows
Complicated Shadows
Complicated Shadows
Complicated Shadows

Go!

Splenger, pra ativar os neurônios!

Em dias como hoje, sábadão sem nada para fazer, quando os neurônios parecem não estar funcionando, nada como ler um Splenger, o articulista da First Things que faz pensar.

E nada como indicar logo dois textos dele, um sobre o finado Michael Jackson e outro sobre o vácuo de poder criado pelo presidente Obamis (o beberrão, esse tá aprendendo com o Lula) com sua política externa.

Boa leitura!

Alice no País das Maravilhas


O clássico "infantil", Alice no País das Maravilhas, vai ganhar uma versão para o cinema do ex-esquisitão, Tim Burton.

Depois de ter destruido a Fantástica Fábrica de Chocolate (acho a versão do Burton medíocre, basta tentar lembrar de qualquer canção do filme que vocês irão entender), ao que parece, Burton vai fazer uma versão modernosa e cheia de efeitos 3D da história, o que me dá um certo medo...mas ok, vou dar o benefício da dúvida para ele.

Mas que a atriz que faz a Alice é muito velha para o papel, ah isso é!

domingo, julho 19, 2009

Cat Power, São Paulo, 18 de julho 2009

Cenas de um show memorável! Cat Power me surpreendeu com um show que se preocupa mais com a música, com o ato da performance (aquilo que Dylan faz com maestria) musical e não apenas em tocar um set list quadrado e chato (exemplo dessa burocracia musical foi o show do Oasis deste ano). E a banda que acompanha a cantora é um daqueles achados, do country ao rock, do experimentalismo sonoro a costuras musicais pink floydianas, um show à parte.

Não é à toa que a moça tem uma música chamada "Song To Bob"!!

Hammer and Tickle - Ronald Reagan

Ronald Reagan e suas piadas sobre o comunismo. Imperdível!

Hammer and Tickle - Intro

Essa dica veio do site da Dicta!

Enjoy!

segunda-feira, julho 13, 2009

The Dead Weather - Will There Be Enough Water? (United Record Pressing)

Não tenha pressa: para certas coisas da vida, vale a pena uma certa paciência, vinil, um blues rasgado, The Dead Weather mostra como se faz!

The Dead Weather - I Cut Like A Buffalo

O albúm sai amanhã nos EUA, dá para ter uma idéia no youtube com vários outros clipes da banda já rolando.

Bom, eu prefiro a meg white na bateria, mas o som é no mínimo interessante!

quinta-feira, julho 09, 2009

Acreditem, tem gente que se preocupa com Cultura!


Pode parecer interesse próprio, mas não é!

A idéia surgiu lá pelos idos de março, em uma tarde chuvosa, no horário que sobra para um cigarro após o almoço e a volta à labuta, foi neste momento de confraternização tabagista politicamente incorreta entre este que escreve e um dos representantes da Editora 34 (Mr. F.), onde dos assuntos tratados, o principal e mais profícuo foi o resgate e divulgação de obras clássicas da literatura ocidental em edições bem editadas, mas em um formato mais acessível, mas nem por isso mais popular (no sentido macumbeiro da coisa) ou editado porcamente (como certas edições "baratas" que existem por aí).

Foi dai que nasceu essa edição , da qual posso dizer que, pelo menos da cor da capa, dei cá eu minha participação

Ah, o prefácio foi uma grata surpresa!

A parceria com da Livraria Cultura com a Editora 34 promete ser das melhores, para os leitores, para a editora e para a Cultura, pois aposta-se aqui no que há de melhor nas Artes Literárias. E este é apenas o começo, o projeto preve a publicação a cada seis meses de um novo título nesse formato.

p.s. O texto é o mesmo da Divina Comédia em três volumes da mesma editora, por questão de espaço não há o texto em italiano, bom, e o preço é mais do que amigo.

sexta-feira, julho 03, 2009

Sarah Palin em 2012?

A governadora que todos adoram avacalhar, Sarah Palin, anunciou hoje que irá renunciar o cargo, ao que tudo indica, para preparar-se para as eleições de 2012.

Também para se poupar dos ataques e da baixaria midíatica que perdeu a noção em relação a ela e família.

A notícia completa no site da Newsmax.

quinta-feira, julho 02, 2009

A primeira vez a gente nunca esquece!

01/07/2009 - 22h45

EUA lançam ofensiva com milhares de soldados contra reduto taleban no Afeganistão

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colaboração para a Folha Online

Com tanques e helicópteros, cerca de 4.000 fuzileiros navais e marinheiros americanos e 650 soldados afegãos avançaram nas primeiras horas desta quinta-feira (horário local) em vilas afegãs sob domínio do grupo fundamentalista Taleban, na primeira grande operação feita sob a nova estratégia do governo de Barack Obama para estabilizar o Afeganistão.

A ofensiva foi lançada pouco depois da 1h na Província de Helmand, um reduto taleban no sul do país que é a maior área produtora de papoula --flor utilizada para a produção de ópio-- do mundo.

O objetivo é tirar os insurgentes do vale do rio Helmand, antes da eleição presidencial, marcada para o próximo dia 20 de agosto.

Apelidada de Operação Khanjar (Golpe de Espada), a iniciativa militar foi descrita pelos oficiais como a maior e mais ágil da nova fase da guerra. Forças britânicas executaram missões semelhantes na semana passada para combater insurgentes em Helmand e na Província vizinha de Kandahar.

"O que torna a operação Khanjar diferentes das que ocorreram antes é o enorme tamanho da força utilizada, a velocidade com a qual ela vai avançar", disse o general-de-brigada do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA Larry Nicholson, por meio de um comunicado. "Aonde nós chegarmos, nós ficaremos, e onde ficarmos, vamos manter [o controle], desenvolver e trabalhar para a transição de todas as responsabilidades de segurança para forças afegãs",

O sul do Afeganistão é um reduto taleban, mas também uma região onde o presidente afegão, Hamid Karzai, que busca manter-se no cargo por mais um mandato, está buscando os votos de membros da etnia pashtun.

O Pentágono está mobilizando mais 21 mil homens no Afeganistão até as eleições e espera que o número total de soldados americanos no país chegue a 68 mil até o fim deste ano --o dobro do número que havia em 2008, mas metade do número de soldados americanos que ainda estão no Iraque.

O Taleban, que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001 foi afastado do poder por uma coalizão internacional liderada pelos EUA que invadiu o país após os atentados de 11 de Setembro. Na época, dos ataques, atribuídos à rede terrorista Al Qaeda, o terrorista saudita e seu grupo eram "hóspedes" dos talebans. Nos dois últimos anos, o grupo conseguiu se fortalecer e contra-atacou, conseguindo o controle de grande parte do sul e do leste do país, e expandindo seus domínios para áreas tribais no Paquistão, o que obrigou os EUA a enviar mais tropas para o país.

No fim de março, Obama anunciou a nova estratégia para o Afeganistão e o Paquistão, colocando a luta contra a rede Al Qaeda e o grupo fundamentalista Taleban como prioridade da política de segurança nacional, reduzindo tropas e recursos para o Iraque.

O capitão Bill Pelletier, porta-voz do Corpo de Fuzileiros navais, disse que as tropas envolvidas na operação desta quinta-feira foram enviadas por ar e por terra durante a noite.

A operação busca pressionar os insurgentes "e mostrar o nosso compromisso com o povo afegão que [...] vamos ficar por tempo suficiente para que criem as suas próprias instituições", disse o porta-voz militar.

Segundo ele, as tropas vão se reunir com líderes locais, ouvir quais são as suas necessidades e agir em relação e elas.

"Não queremos que as pessoas da Província de Helmand nos vejam como um inimigo, queremos protegê-las contra o inimigo", disse Pelletier.

Reverter o impulso da insurgência é um dos elementos fundamentais da nova estratégia americana, e milhares de soldados adicionais permitem aos comandantes avançar para novas áreas ao mesmo tempo em que permanecem em locais nos quais as tropas afegãs e internacionais não tinha presença permanente antes.

Embora os fuzileiros navais formem a maior parte da força de combate na ofensiva de Helmand, recentemente chegaram à região helicópteros do Exército americano, que também participam da operação.

O governador da Província de Helmand previu a operação seria "muito eficaz".

"As forças de segurança vão construir bases para fornecer segurança para a população local para que ela possa realizar todas as atividades com este cenário favorável, e tocar sua vida em frente em paz", disse o governador Gulab Mangal, de acordo com um comunicado do Pentágono.

A estratégia de Obama visa a aumentar o tamanho do exército afegão dos atuais 80 mil para 134 mil soldados até 2011 e ampliar significativamente o treinamento fornecido pelos soldados americanos para que os militares afegãos possam derrotar os insurgentes taleban e assumir o controle da guerra.

A Casa Branca também está tentando definir objetivos claros para a guerra, como uma forma de conseguir apoio popular para um conflito que parecia sem foco, proporcionar mais recursos para os combates e angariar mais apoio internacional.

Não há prazo para a retirada das tropas americanas do Afeganistão, e a Casa Branca não divulgou estimativas de quantos bilhões de dólares o plano vai custar.

quarta-feira, julho 01, 2009

Golpe de estado em Honduras? faz-me rir!

Pois é, democracia é o que vimos nos Irã nas últimas semanas!

Eric Voegelin - Ordem e História, V.1

O MVC já tinha dado a notícia no site da Dicta (a primeira e única!) e agora vocês já podem fazer os pedidos no site da Livraria Cultura (não postei antes por não ter o preço do produto ainda).

O livro deve estar disponível no dia 03/07 na melhor livraria do ramo (escusem a modéstia).

Junto com os livros lançados pela É Realizações (aguardamos os comentários do MVC sobre as edições), esta iniciativa parece ser uma daquelas graças com que a providência ilumina a escuridão (ah, esse nosso país de parcas luzes).

Eu já reservei o meu!

terça-feira, junho 16, 2009

'It Might Get Loud' Trailer - será que passa por aqui???

bom, de qualquer forma, quem precisa comprar uma guitarra pra tocar?

Open Letter to the World - English Version

Human beings are members of a whole,
In creation of one essence and soul.
If one member is afflicted with pain,
Other members uneasy will remain.
If you have no sympathy for human pain,
The name of human you cannot retain.

- Saadi

This week Iranians turned out in record numbers not seen since the beginning of the Iranian revolution to change their current President Mahmood Ahmadinejad.

Their willingness to exercise their democratic right was both historic and uncommon in the Middle East. Iranians longed for change the same way people in the United States, and indeed worldwide, longed for a new beginning after the Bush years. They were tired of an increasingly delusional President who has thrown their country into economic turmoil and portrayed their country as a conflict seeking entity in the Middle East.

But today the same Iranian regime that has denied a dialogue with the world, denied human rights, denied democracy, denied the Holocaust, is blatantly denying the will of its people by committing massive election fraud to reelect Mahmood Ahmadinejad, and arresting journalists and opposition leaders in broad daylight.

Accepting this deception will be costly not only for the people of Iran but also for the people of the Middle East, with far reaching consequences worldwide.

As you read these words, the people in Iran have taken to the streets in nationwide protests. Despite brutal government suppression tactics the Iranian people are courageously fighting for their rights. As antiriot police batons crush the bones of demonstrators whose only protest is election fraud, Iranians are screaming for the world to hear them: WE DENOUNCE MAHMOOD AHMADINEJAD!

The people of Iran now ask for your support!

We do not expect you to fight our struggle but to help us fight it. We expect people worldwide to put pressure on their governments and politicians not to accept the legitimacy of the Iranian elections and the fraudulent presidency of Mahmood Ahmadinejad. Democratic societies worldwide must not leave the Iranian people alone now that they have risen to the challenge. Instead they need to align their policies with the will of the Iranian people.

Friends, we ask you not to let 70 million people in Iran be taken hostage. Any government that accepts Mahmood Ahmadinejad as the new president of Iran has betrayed the Iranian people, endangered world peace, and has no sympathy for human pain.


Iranian Artists in Exile - http://tinyurl.com/lpzlp4

segunda-feira, junho 15, 2009

Vejam o que "noçu" presidente considera "normal"...uma coisa corriqueira.

"Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos", afirmou o presidente Lula, segundo a BBC.

É até irônica, um presidente que se diz tão do povo, que "lutou" contra a ditadura militar brasileira, adora defender estados totalitários bem pouco humanistas. Acredito que é alguma tara secreta, algo do tipo "eita que pena que num dá pá faze içu aqui!! democracia é um porre merrmo!".

Briga de torcidas e eleição no Irã...

...quer saber? nenhum dos dois temas deve ser tratado com leviandade. O comentário de "noçu" presidente foi lamentável.

Deprimente.

sexta-feira, junho 12, 2009

A parada gay e a pergunta que não cala.



Será que Dona Marta Suplicy, fiel escudeira dos direitos dos gays e etc. depois da lambança na campanha para a prefeitura do ano passado, irá participar da parada gay este ano? ou será que o Kassab irá participar como convidade de honra?

É o fim da história, segundo Celso Amorin, o nosso professor Pardal


Pra vocês verem como a mente política desse país funciona de forma mesquinha e preconceituosa, nosso ministro das Relações Exteriores o simpático, Celso Amorin, decretou: "O G8 morreu. Não representa mais nada" e com a empáfia de cão de sarjeta típica de nossa grande história cultural, ainda saiu-se com essa: "Eu não sei como vai ser o enterro, às vezes o enterro ocorre lentamente."

Alguém devia lembrar ao sr. Amorin que torcer, ou melhor, praticamente vibrar com saliva na boca, como se em um campeonato de futebol sobre a crise mundial e seus efeitos nos países do primeiro mundo é no mínimo de péssimo tom.

Ah, e para justificar o futebol aí em cima, leiam a explicação do Sr. Amorin de como funciona hoje o a tal nova ordem mundial, mais "plural e equitativa".

"Hoje tem o G8 + 5, que talvez se transforme no G8 + 6, de repente se transforma em G8 +12 e vira outro G20... o fato é que quando falamos G8 mais outros países, se fala de um grupo de países que são um núcleo e um grupo de países convidados. Eu acho que isso também é algo que tem de ser superado". Hummm, só espero que ele nunca decida como irá funcionar o o campeonato brasileiro de futebol, já imaginaram que a lambança professor Pardal iria aprontar com o peso dos estados nesso certame?

Notícia boiando lá no blog do Estadão.

Blood and Rage

Abaixo, a resenha presente na Dicta & Contradicta 3, sem a devida edição.

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Blood & Rage - A Cultural History of Terrorism

Blood & Rage, livro de Michael Burleigh, lançado em meados de 2008 recebeu críticas de todos os lados: de ser um livro que não trazia nada de novo para o debate sobre o terrorismo, de faltar referências (footnotes) para citações ou eventos apontados pelo autor, de ignorar os aspectos políticos que permeiam os atos terroristas, até de ceder à repetição e a banalidade diante da fama e notoriedade construídas com trabalhos anteriores e supostamente mais "acadêmicos" e, last but not least, de ser permeado de vociferações típicas dos comentaristas rightwings.

Ao iniciar o volumoso livro, dividido em oito capítulos que cobrem principalmente as ações terroristas na Europa e nos EUA, desde os fenianos da Irlanda no século 19, passando pelos niilistas russos, na Alemanha da década de 60 até chegar ao principal alvo de Burleigh, o terrorismo Islâmico, nota-se que as críticas tem fundamento, e isso me surpreendeu, principalmente após ler os outros livros de Burleigh, que até então eram um exemplo de rigor com insights pessoais. Então, quais os motivos de Burleigh para que nesse livro ocorram essas "falhas"?

Partindo desta pergunta, percebe-se que existe uma força hibrída, uma mente lutando para ser detalhista, seletiva e correta, com outra, desesperada para
alertar seus pares de que o terrorismo deve parar de ser aceito, justificado, ignorado enquanto não atinge nossas próprias instituições ou cidadões.

E essa crítica ao malemolente olhar de grande parte da mídia, de governos, de intelectuais e historiadores para com o terrorismo, fato que Burleigh mostra, é constante e tem como exemplo principal a forma como o governo americano fez vistas grossas aos imigrantes irlandeses que no século 19 enviavam dinheiro e faziam campanha apoiando os terroristas fenianos que atacavam a coroa inglesa, que de forma mais atualizada podem ser personificadas nas besteiras anti-americans que um Noah Chomsky escreve justificando o islâmico. Eis o cerne central do livro, suas falhas não surgem de um descuido, da falta de critérios motivados por auto-idulgência, mas sim de um profundo desespero.

E o desespero nasce no coração do Homem, não do historiador. Estamos diante do primeiro livro não-acadêmico de Burleigh, que em entrevista ao jornal The Guardian, explica sua corajosa saída da academia (ele deu aula por mais de duas décadas em Oxford) por não aceitar tornar-se um "criador de clones que preencheriam o aparato institucional", portanto, ao lermos o livro, devemos ter em mente que não é o historiador, o acadêmico que nos escreve, mas o indíviduo que diante de um Ocidente acovardado, mais preocupado com "crises financeiras" do que com a perda de padrões morais ou culturais, que galhofa de si mesmo em encontros de comprades e não de estadistas, que censura seus próprios políticos que ousam erguer uma voz solitária contra o emaranhado midíatico do terror islâmico, esse indíviduo encontra-se a pregar contra os bárbaros, sozinho, mas diferente daqueles que nunca chegaram, esses novos bárbaros já estão entre nós, e se um dia acordarmos desse estupor coletivo, talvez encontremo-nos diante de uma vida cheia de sangue e fúria.

Permito-me recomendar o livro de Burleigh para os leitores, não tanto por seus acertos, ou querendo justificar seus erros, mas para que lendo Blood & Rage, tenhamos uma melhor compreensão do que é ser testemunha do horror, do que é o desespero no coração de um Homem.

quinta-feira, junho 11, 2009

Coréia do Norte - o melhor documentário sobre o país...

...você só vê aqui!

Produzido pelo pessoal da VBS.TV está dividido em 14 partes no Youtube, vale a pena ver.

Gulags Norte Coreanos

O NYTimes publicou uma matéria no dia 9 passado sobre os campos de concentração norte coreanos, pelo visto, a prisão das duas jornalistas norte-americanas no país vão servir para mostrar o que são verdadeiros campos de concentração e tortura.

Para quem quiser aprofundar-se no assunto, há um documento bem completo sobre o tema no site do U.S. Committee for Human Rights sobre o assunto, que conta com um prefácio de Anne Aplebaum, autora de um dos principais livros sobre o tema - Gulag - A History - (existe uma edição nacional do livro, mas que infelizmente encontra-se esgotada).

Este é o meu país! Mas podia ser pior!

Onde a revolução parou por causa do feriadão (eu não engulo que foi por causa da chuva!) e o que diabos é um "ato-debate"? será o ato de debater-se em convulsões esquerdopatas?

E corporativismo mudou de nome, agora é solidariedade.

Mas apesar de tudo, ainda bem que não moro na China, hummm, o melhor são os motivos, desenvolvimento salutar da internet. Faz-me rir.

Na América de Obama.



Que Obama é o presidente mais esquerdista que já foi eleito naquele país, que sua política pró-aborto é uma das mais agressivas e onde o governo federal luta para implementar uma lei que praticamente amordaça rádios e sites conservadores, isso a maioria de vocês já sabem.

Há nos Estados Unidos, hoje, um modo de se fazer e discutir política (incluso aí imprensa, partidos, mídia em geral e etc.) muito próximo ao que ocorre no Brasil nos últimos anos. Isto é, uma escamoteação de fatos e ações que muito recorda os ensinamentos de Gramsci.

Mas lá, diferente daqui, ainda há vozes que se rebelam, que denunciam e mostram o quanto da política democrata atual é um caminho para o socialismo como nunca antes vivido pelos americanos.

E ainda, diferente daqui, essas vozes são publicadas, tem espaço e não se acovardam perante a massa obamista. Um exemplo disso tive em primeira mão na Book Expo America, onde pude conhecer dois personagens dessa luta.

Um, mais conhecido, foi o Oliver North, que participou do governo Reagan, sendo um dos pivôs do caso Irã-Contras, o outro é o senador Jim DeMint, conservador e feroz opositor do governo Obama.

Ambos participavam da feira lançando seus novos livros - American Heroes (North) e Saving Freedom (DeMint). Que com temáticas diferentes, defendem valores conservadores e atacam a esquerda americana sem dó.

American Heroes é um livro baseado em uma série produzida pela Fox que retrata a guerra do Iraque sob o ponto de vista dos soldados. Já o livro Saving Freedom é um libelo contra as políticas socialistas de Obama e seus seguidores.

Novamente ressalta a grande diferença entre os dois países nesse quesito: se aqui estamos submetidos a um massacre constante de opiniões, livros, idéias esquerditas, nos EUA, apesar da mesmo discurso esquerdopata, ainda há espaço e pessoas que levantam a voz contra essa doença.

quarta-feira, junho 10, 2009

PMs vs alunos USP...é dureza!

Não dá pra levar esses "manifestantes" à sério. Depois reclamam da "violência fascista da PM"...e o quê eles faziam aqui? brincadeira de pique-esconde?

Flagrante de assalto de caixas eletronicos de bancos.

Pois é, vi essa notícia enquanto estava na fila da alfândega brasileira. Esse país parece piada pronta.

A segunda era sobre um engarrafamento monstro na Fernão Dias.

Brasil, ame-o ou deixe-o...mas não dá pra levar a sério!

domingo, junho 07, 2009

The King and the Maiden



"Elvis was truly some sort of American King. His face is even on the Statue of Liberty." Bob Dylan - Rolling Stone Magazine

sábado, junho 06, 2009

Keep Walkin






O melhor jeito (pra mim, pelo menos) de se conhecer Nova Iorque é andando.

Ponha um tênis ou bota confortável no pé, pegue um mapa e saia por aí, ou aqui, depende da perspectiva.

Falando em perspectiva, ontem atravessei a Williamsburg Bridge até Manhatan, depois andei até a Manhatan Bridge, voltei para o Brooklin e, finalmente fui até a Brooklin Bridge e voltei para Manhatan onde fui até a área onde ficam os ferrys para visitar a Estátua da Liberdade.

Uma grande caminhada, quase uma pequena odisséia. Vale muito atravessar a Manhatan Bridge, o trem passa ao seu lado e ela vibra inteira, e em geral, não tem muita gente transitando nela, diferente da Brooklin Bridge onde tem um milhão de turistas(inclusive eu!), mesmo em um dia relativamente frio.

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Depois, a Estátua da Liberdade! ok, eles já não tinham ingressos para visitar o monumento, mas deu pra passear na ilha. E quer saber, ao vivo é ela é muito mais interessante que em qualquer foto que vocês possam ver. O desenhar das vestes, o gigantesco bloco onde ela está sustentada, a própria representatividade dela realmente mexe com as pessoas, que para variar, aparecem de todos os países para reverênciar a Sra. Liberdade. Imitando sua posse, o braço levantado a erguer a tocha da liberdade, vi adultos, crianças, homens, mulheres, idosos com sorrisos e demonstrações de um afável e sincero sentimento de...agradecimento.

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Graças ao ex-prefeito, Rudolph Giuliani, você pode andar por praticamente toda a cidade de Nova Iorque sem a menor preocupação com assaltos, ameaças, se vai ser furtado, com o trânsito (que tem seus momentos de aperto, mas nada, nada comparado ao de São Paulo), e tudo isso não sou eu que digo, mas o dono do Hostel onde estou hospedado, e o rapaz é um liberal de primeira, só come comida orgânica (depois explico isso), é super preocupado com a floresta amazônica, tem um adesivo Obama/Biden na porta do quarto...mas tudo tem limite e apesar de não concordar com a gestão política de Giuliani, sabe que foi o prefeito republicano que "limpou a casa".

E olha que andei por aqui (Manhatan, Brooklin e Coney Island, so far!) e você sente uma segurança e tranquilidade que beiram o surreal (meu limite de tempo na rua foi ficar até aproximadamente meia-noite em Manhatan), taí uma coisa da qual vou sentir falta aí no Brasil.

quinta-feira, junho 04, 2009

Notas sobre a américa



Em Nova Iorque é fácil perceber como Obama foi eleito: a população branca é majoritáriamente liberal (no sentido americano), misture ela com imigrantes de todas as partes do terceiro mundo, especialmente india, cuba ou porto-rico e áfrica, com seu "grande valor" ético e cultural, pronto, tá armado o salseiro para a eleição do Reagan dos Democratas.

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Falando em imigração, realmente o mundo é esquizofrênico: reclamam, reclamam e reclamam dos EUA, mas todo dia chega uma multidão de imigrantes no JFK. E não pensem que são pessoas bonitinhas, limpinhas e cheirosinhas, não, é até engraçado, os brasileiros quando viajam para cá vem todos arrumados e bem vestidos no vôo, mas na fila da imigração, você vê pessoas de outros países do terceiro mundo e confesso que parecia, e muito, com a rodoviária do Tiête.

E detalhe, realmente não dá para falar que a imigração é intolerante aqui, se vocês vissem cada tipo que desembarcava, aposto que a maioria vocês nem convidariam para um café no Sujinho.

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Ontem discuti com um imigrante indiano sobre o filme FOOD, INC (na linha de documentários que denunciam as grandes corporações, história velha...). Pois não é que o indiano está realmente preocupado se seus conterrâneos vão comer comida orgânica ou industrializada? Bom, ele esta há seis anos nos EUA e disse para ele que assim fica fácil e confortável ser contra a grande indústria. O garoto ficou meio indignado, mas reconheceu que é um privilegiado, de qualquer forma ele não quer que seu povo sofra com alimentação industrializada. ah...a vanguarda do povo não muda nunca! Esse é o problema da américa atual, uma alta taxa de imigração com pessoas que carregam valores bem bobocas.

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Minha esperança? um povo que tem um museu como o MET tem salvação, a longo prazo, mas tem. Andei durante seis horas pelo museu ontem e não consegui ver tudo (tarefa considerada impossível para apenas um ou dois dias!). Volto hoje lá, para quem saber, ouvir o lamento dos mortos diante da indiferença das máquinas digitais e sorrisos histéricos que soam nas imensas galerias.