Em 1970, na Alemanha, teve início o movimento verde que nas décadas posteriores foi responsável pelo desmantelamento das usinas nucleares europeias. Hoje, quase quarenta anos depois, a Europa é refém da petrotirania russa.
Em 5 de Janeiro a Rússia cortou o fornecimento de gás de dezoito países europeus. Eslovaquia, Bulgária, Alemanha dentre outros países foram afetados, seja no aquecimento interno de suas casas, seja com o fechamento de fábricas por falta de energia.
A política energética da Europa desencoraja o uso de usinas nucleares, mas o recente inverno sob o domínio russo parece ter despertado novas vozes que não estão dispostas a aceitar a chantagem russa.
Na última semana, dez mil pessoas foram para as ruas na Bulgária pedindo que as duas usinas do país voltassem suas atividades.
A Eslováquia, que importa 98% de seu gás natural da Rússia, começou uma discussão com os burocratas da UE em Bruxelas, que condenou as declarações do Primeiro Ministro Donald Fico que ameaçou retomar o uso de usinas em seu país.
E a Polônia anunciou que vai acelarar a construção de sua usina nuclear, com previsão para iniciar as atividades em 2020.
A emergência dessas atitudes é imensa e não há movimento verde que possa combater o fato mais marcante na vida das pessoas simples na Europa nestas três semanas: a implácavel força do inverno.
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