Parte 1 - Economia;
Liberal. A economia de mercado é mais eficaz, gera concorrência e por fim é boa em sua essência, mas é preciso que ela não seja castrada de sua base moral (isto é, de suas raízes judaico-cristãs, antes de mais nada) e estar sempre amparada por todo um conjunto de leis, tradições que respeitem o indivíduo e a propriedade privada, sem essa base, sem essa estrutura, o liberalismo torna-se apenas mais um braço do materialismo histórico, vulgo marxismo.
Um Estado liberal existe apenas para a preservação das leis e contratos, evitar o monopólio de grandes corporações (por isso elas adoram um regime mais "centrado", se é que me entendem...) e cuidar para que aqueles que não tenham condições de concorrer no mercado sejam amparados.
O maior pecado dos liberais brasileiros (e de uma Ayn Rand, também), é achar que um país se faz apenas pela sua economia, pela suas condições materiais, e que todo o resto pode ser deixado de lado. Essa é, basicamente, a realidade do Brasil (até certo ponto, afinal no Brasil o que existe é um capitalismo de Estado) onde os ditos liberais pensam apenas na estrutura econômica deixando todo o resto (aquilo que importa) na mão da intelectualidade socialista/comunista. É o que acontece neste país desde a época do regime militar.
Essa estrutura (liberal na economia, controlador de todo o resto), que chamo de NEOLIBERAL, existe é o modelo, digamos 3.0, do marxismo. Só os tolos acham que o marxismo, hoje, está preso na camisa de força da economia. Por isso, não há países com governos "esquerdistas", como idealizado pelos marxistas de ontem. O país do futuro, modelo por excelência dos grandes investidores, dos grandes engenheiros sociais, e todos os outros é a China.
Parte 2 - Religião;
O contraponto da História. Se esta é marcada por sua irascibilidade, mobilidade, idas e vindas, a religião deve ser aquele reflexo da eternidade na temporalidade. Mais claramente, as religiões (judaico, católica, budista, hinduista) não devem se adaptar ao tempo, aos costumes dos homens, ao ir e vir das tendências estatais ou sociais. Elas devem ser aquilo que permanece.
Parte 3 - Moral;
São Paulo disse: "Experimentai de tudo e ficai com o que é bom". Indicando-nos que temos por trás da miríade de escolhas, posturas e acidentes de nossas vidas, coisas boas e que devem permanecer.
O problema aqui é quando o Estado instaura políticas públicas que criam uma metafísica estatal, impondo regras morais e de conduta à força.
Nós vivemos, aprendemos e corrigimos nossa conduta e nossa moral de acordo com as experiências da vida. Se o Estado torna-se um tirano paternal, como haveremos de aprender?
Parte 4 - Política Internacional:
Existe uma megalomania humana e um desejo de poder que perpassa todas as decisões globais atualmente. Esta megalomania, é expressa e ativa em entidades como a ONU, a Unesco, o Banco Mundial, em todas as organizações não-governamentais (que em geral recebem dinheiro de mega-capitalistas ou de outros estados, isto é, não são nem um pouco não-governamentais), e há uma pletora de ativistas, artistas, intelectuais, políticos e todo o resto que agem de acordo com essas diretrizes, que agem sob diversas fachadas: Ecologismo, direitos-humanos, preocupação histérica com a saúde, direito dos animais, desarmamento, multiculturalismo, abortismo, relativização das religiões...toda a agenda globalista serve apenas a um propósito, recriar o Paraíso Divino na Terra.
Essa megalomania não é nova, em nossa era já existiram outras tentativas: a Revolução Francesa, na Rússia em 1917, na Alemanha Nazista, em Cuba. Na China a experiência é um "sucesso" e avança a passos largos. O que só prova que sempre que o homem tenta corrigir a Criação, o preço é em sangue e corpos.
Parte 5 - Cultura;
Acredito na permanência e na existência de hierarquias, de diferenças que não se relativizam. A tradição, parafraseando T.S. Eliot, não é apenas herdada, mas deve ser conquistada, preservada.
Existe na história da cultura um elemento que não pode ser descartado, sem prejuízo de sua própria função, isto é, ajudar a compreender a realidade. Este elemento é a transmissão, a educação de outros artistas pelos mestres. Sem esse elemento braçal da cultura, existe apenas a ruptura e a decadência. Não existirá aí o elemento de preservação, o que no final contribui para uma acentuada deficiência técnica e por fim, à morte da cultura.
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